25/11/2015

Prefeitura vai apurar com rigor e sem pré-julgamentos caso que gerou extorsão

Prefeito Edison fez pronunciamento na tarde desta segunda-feira, no Palácio São José, sobre o caso, acompanhado de secretários municipais.

A Prefeitura de Paranaguá realizou na tarde desta segunda-feira (23) uma reunião com a imprensa local para esclarecer fatos envolvendo a prisão do ex-cargo comissionado, na semana passada, acusado de tentar extorquir, juntamente com outra pessoa, uma servidora da Secretaria Municipal de Obras. Profissionais de diversos veículos de comunicação participaram. Os esclarecimentos foram feitos na sala de reuniões do Palácio São José, em pronunciamento do prefeito Edison Kersten, do secretário da pasta, Juliano Vicente Elias, do procurador geral do Município, Maurício Vitor Leone Souza, e do superintendente de Recursos Humanos, Wellington Frandji.

O prefeito lembrou que um inquérito administrativo foi aberto para apurar os fatos, mas que todas as ações estão sendo tomadas dentro da legalidade, sem fazer pré-julgamentos, tendo em vista que até agora não há fatos que comprovem qualquer ilicitude cometida por outros entes da Prefeitura. “Estamos sendo muito cuidadosos no que tange a essa questão. Não podemos, em hipótese alguma, fazer pré-julgamentos, expondo a pessoa, a família, de uma maneira a denegrir a imagem de quem quer que seja, principalmente em se tratando de um servidor nosso da Prefeitura”, disse ele, referindo-se à engenheira da Secretaria de Obras, vítima da extorsão. 

Segundo o prefeito, o caso está sendo apurado com todo o rigor e com toda a precaução. “Nós estamos fazendo o que nos é permitido do ponto de vista legal e de uma maneira que seja justa. Nossa gestão municipal estará toda comprometida na investigação até sua ultima análise. Não iremos medir esforços para esclarecer todos esses questionamentos, mas, tudo dentro do rigor da lei, para preservar a pessoa”, destacou. 

“Não temos nada até o presente momento que nos leve a afirmar qualquer tipo de atitude errônea dos demais colaboradores da Prefeitura que estão sendo questionados pela nossa comunidade através da imprensa. As coisas vão sendo devidamente investigadas e esclarecidas mediante esse inquérito administrativo que está ocorrendo. Nós oficializamos um pedido na delegacia para nos encaminhar o boletim de ocorrência do fato, que foi encaminhado e verificou-se que nada consta”. 

Reforçando o alerta para a responsabilidade da imprensa em relação aos fatos, o prefeito Edison lembrou de uma história clássica bem conhecida daqueles que fazem as notícias para a sociedade. “Vocês muito bem sabem aquela história que uma pessoa sobe numa colina, com um travesseiro de pena, abre, joga, faz todo o estrago na pessoa, na família, e depois de algum período se percebe uma falha. Só que jamais aquelas penas serão retornadas ao seu devido lugar. A imagem foi desgastada, a pessoa foi denegrida. Numa cidade como a nossa, temos contatos familiares e sociais próximos. Sabemos o que significa a responsabilidade de responder como gestor municipal, mas acho que devemos de uma maneira convicta, não fazermos calúnias até termos as devidas provas. Temos que ter postura ética, de um bom profissional, no sentido de preservar aqueles que assim merecem”, reforçou o prefeito.

O secretário Juliano Elias lembrou que jamais se pronunciaria sem ter conhecimento dos fatos. E que assim que foi informado da prisão do cargo comissionado da pasta pediu que todas as medidas cabíveis fossem tomadas com relação ao Judiciário. “Já deixei claro que não somos juizes e cabe à Justiça definir as responsabilidades, punições ou o que vai acontecer. Encaminhei ofício solicitando abertura de um inquérito administrativo. Na época tínhamos o cargo Luiz Felipe e pedi para verificar se não existiam mais implicações nas suas atitudes e condutas. Administrativamente, esse é o procedimento que posso fazer”, destacou o secretário. 

O superintendente da Secretaria Municipal de Recursos Humanos lembrou que assim que chegou a solicitação para abertura do procedimento administrativo para apurar os fatos envolvendo a extorsão foi feito oficio à 1.ª Subdivisão Policial (SDP) pedindo cópia do inquérito policial, “para que assim possamos ter elementos concretos, lembrando que nenhuma atitude pode ser tomada como pré-julgamento ou com suposições”. “Estamos aguardando esses documentos para que possamos tomar as medidas necessárias, de acordo com o que tiver contido neste documento”, concluiu Wellington Frandji.

Para o procurador geral do Município, Maurício Vitor Leone Souza, “trata-se de um assunto fora do âmbito do município, embora envolva um servidor que ocupava cargo comissionado e que foi exonerado e a servidora, a vítima deste processo, conforme o boletim de ocorrência, que é a peça que nos orienta até aqui”. Ele comentou ainda que “embora o servidor tenha sido exonerado do cargo, a sua responsabilidade pelos atos cometidos, deve ser apurado”. 

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