24/08/2014

Aécio diz que vai ampliar Bolsa Família e reage a 'terrorismo'

Candidato do PSDB à Presidência chama de 'irresponsabilidade' informações de que vai interromper programa se for eleito e promete reajustar aposentadoria com base no preço de remédios

O candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves, qualificou de "irresponsabilidade" e "terrorismo" as informações de que acabaria com o programa Bolsa Família se for eleito. Em agenda de campanha no Rio, neste domingo, 24, o tucano disse que vai corrigir falhas do programa e ainda prometeu incorporar o que chamou de um "plus" no reajuste das aposentadoria.
Ao ser questionado se os programas de transferência de renda seriam interrompidos em um eventual governo tucano, o candidato afirmou que há "um terrorismo disseminado no Brasil afora". "Isso é uma irresponsabilidade. No nosso governo o Bolsa Família não apenas será mantido como nós vamos fazer outras intervenções adequadas dentro do cadastro do Bolsa Família". Perguntado se isso tem sido feito pelo PT, respondeu: "Ande pelo Brasil. Se você souber quem está mandando, me avisa".
Ao falar sobre sua proposta voltada aos aposentados, Aécio disse que, além do índice acertado haverá mais um reajuste baseado no aumento dos medicamentos. Durante visita ao abrigo Cristo Redentor, no Rio, anunciou ainda outras medidas que farão parte do programa voltado aos idosos, que chamou de Digna Idade.
Questionado de onde virão os recursos, afirmou: "De um Estado que tem uma política fiscal austera, que não desperdiça, que não aumenta os gastos correntes de forma avassaladora e irresponsável como esse governo aumentou ao longo dos últimos anos".
Para o candidato, a questão é estabelecer prioridade. "Tratar a questão do idoso no nosso governo será uma prioridade absoluta", disse a jornalistas após visita ao abrigo. Ele acrescentou ainda que "o orçamento hoje no Brasil é uma peça de ficção".
Segundo ele, não é preciso fazer esse investimento em detrimento de algo essencial. "Vai ser em detrimento do mau gasto, do desperdício, em detrimento dos recursos para saúde pública que não chegam na ponta e não são executados. Nós tivemos um contingente muito expressivo de recursos aprovados no recurso em saúde, por exemplo, que não foram implementados", disse.
Aécio afirmou que está em estudo por sua equipe econômica uma cesta de medicamentos, com prioridade para os de uso contínuo. "É algo absolutamente simples de se fazer. O custo, naquilo que temos avaliado, não é expressivo".
O candidato também criticou a atual gestão na área de energia. "O que onera o Tesouro são os mais de R$ 30 bilhões que agora ele está sendo obrigado a transferir às empresas de energia, pelo absoluto e absurdo equívoco do governo na condução dessa área", disse. "No momento em que nós organizarmos o governo, enxugarmos a máquina pública, cortarmos pela metade o número de ministérios, definirmos prioridades - que serão prioridades claras - vai ter dinheiro para o que precisa."
Além do aumento das aposentadorias, Aécio disse que o programa Digna Idade vai aumentar e qualificar os cuidadores, ampliar as unidades que atendem idosos e prever o reajuste do medicamento também para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada. O BPC paga um salário mínimo ao idoso com 65 anos ou mais que não pode garantir o próprio sustento nem tê-lo provido pela sua família.

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